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A Importância da Rentabilidade Real em Seus Investimentos

A Importância da Rentabilidade Real em Seus Investimentos

28/10/2025 - 16:10
Lincoln Marques
A Importância da Rentabilidade Real em Seus Investimentos

No cenário econômico atual, não basta olhar apenas para os rendimentos nominais de suas aplicações — é essencial analisar o retorno que ultrapassa a inflação. A diferença entre o que o investimento rendeu e o aumento dos preços determina o verdadeiro crescimento do seu patrimônio.

Entendendo a Rentabilidade Nominal e a Real

A rentabilidade nominal indica o rendimento bruto, sem descontar custos, impostos ou inflação. Embora apresente um número atraente, pode enganar investidores menos atentos. Já a rentabilidade real revela o ganho acima do índice de preços, mostrando o aumento real do poder de compra ao longo do tempo.

Imagine investir R$ 100 e resgatar R$ 110 após um ano. Na teoria, seu lucro nominal foi de 10%. Porém, se a inflação acumulada for de 6%, o rendimento real cai para 3,77%, refletindo o verdadeiro valor que sobrou após o aumento do custo de vida.

O Impacto da Inflação no Seu Patrimônio

A inflação corrói o valor do dinheiro: aquilo que você compra hoje pode custar muito mais em alguns anos. Sem um retorno que supere esse efeito, o investidor, na prática, perde poder de compra.

Por isso, direcionar recursos para aplicações que ofereçam proteção do capital contra a inflação é fundamental. Caso contrário, mesmo com números atraentes no extrato, seu dinheiro pode valer menos no futuro.

Como Calcular a Rentabilidade Real

O cálculo envolve três etapas principais. Primeiro, você divide o montante final pelo valor inicialmente investido. Em seguida, ajusta esse resultado pelo índice de inflação do mesmo período. Por fim, subtrai 1 para obter a taxa real.

Por exemplo, investindo R$ 1.000 e resgatando R$ 1.100 em ano de inflação de 5%, o rendimento real equivale a (1.1 ÷ 1.05) – 1 = 4,76%.

Estratégias para Obter Ganhos Reais Positivos

  • Conheça o índice de referência: o IPCA no Brasil serve como base para acompanhar a inflação.
  • Equalize sua carteira: combine ativos pós-fixados, atrelados à inflação e ações para diversificar riscos.
  • Avalie custos e impostos: reduza tarifas e taxas desnecessárias para elevar sua rentabilidade líquida.
  • Revise periodicamente: ajuste a alocação de acordo com o cenário macroeconômico e sua meta de longo prazo.

Erros Comuns a Evitar

Muitos investidores são atraídos por produtos que prometem retornos elevados sem considerar o risco ou a inflação. Aplicações com alta taxa de administração podem apagar ganhos e, em cenários de inflação elevada, até zerar a rentabilidade real.

Além disso, não diversificar a carteira, concentrando tudo em um único ativo, aumenta a vulnerabilidade a oscilações de mercado. Busque sempre o equilíbrio entre risco e retorno ajustado, ouvindo especialistas e lendo relatórios independentes.

Comparando Investimentos com Segurança

Para avaliar opções, utilize sempre a rentabilidade real como parâmetro. Compare produtos financeiros distintos — CDBs, Tesouro IPCA, fundos multimercado, ações — considerando o rendimento líquido após custos e inflação.

Somente assim você saberá quais aplicações oferecendo ganhos superiores ao aumento de preços do período e proteger seu patrimônio no longo prazo.

Conclusão

Investir com foco na rentabilidade real não é apenas técnica, mas filosofia de preservação de patrimônio. Ao medir ganhos pelo que realmente sobra depois da inflação, o investidor fortalece sua segurança financeira e garante tranquilidade futura.

Adote uma visão de longo prazo, entenda profundamente cada produto e mantenha disciplina nas escolhas. Dessa forma, você alcançará resultados consistentes e duradouros, assegurando que seu capital cresça de fato, e não apenas no papel.

Lincoln Marques

Sobre o Autor: Lincoln Marques

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